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Cigarra ( Portuguese )

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Uma cigarra repousada sobre uma madeira.
Som de cigarras

Cicadidae é uma família da ordem Hemiptera, subordem Homoptera, que agrupa os insetos conhecidos pelos nomes comuns de cigarra e cega-rega.[1] Existem mais de 1 500 espécies conhecidas deste insetos (sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira). São notáveis devido à cantoria entoada pelos machos, diferente em cada espécie e que é ouvida no período quente do ano. Os machos destes insetos possuem aparelho estridulatório, situado nos lados do primeiro segmento abdominal, emitindo, cada espécie, um som característico.

As cigarras também são reconhecidas pela forma característica e pelo tamanho grande, que varia cerca de 15 milímetros até pouco mais de 65 milímetros de comprimento e atingindo até 10 cm de envergadura. Possuem um "bico" comprido para se alimentar da seiva de árvores e plantas onde normalmente vivem.

A importância da cigarra no ecossistema é positiva, por um lado, por servir de alimento para os predadores e, negativa, por outro, porque constitui-se em pragas de algumas culturas. As suas ninfas vivem alimentando-se da seiva das raízes das plantas, causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias.

Muitas espécies de cigarra têm períodos diferentes de amadurecimento, com ciclos vitais de duração variada, enquanto as larvas ficam sob a terra. Mas sete espécies do gênero Magicicada têm uma característica adicional: elas são sincronizadas, ou seja, saem do chão todas ao mesmo tempo, para cerca de duas semanas de canto ensurdecedor, acasalamento e postura de ovos.

Etimologia

"Cigarra" originou-se do termo latino cicaro.[2]

Características

Existem mais de 1 500 tipos diferentes de cigarra. Já foram detectados exemplares com desde vinte milímetros até 130 milímetros de comprimento. Normalmente, são encontrados em regiões de florestas tropicais, mas também podem ser encontrados em outros tipos de vegetações.

No compartimento interno da barriga do macho, desenvolvem-se os músculos e os elementos que soltam o som do canto da cigarra, que serve para atrair a fêmea. Além disso, ele também canta quando é atacado ou capturado por inimigos naturais.

De outro lado, o compartimento da barriga da fêmea fica lotado de ovos e a parte traseira desenvolve-se como ovulador.

Ciclo de vida

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Uma cigarra em processo de ecdise.

A cigarra é um inseto de metamorfose incompleta (Hemimetabolismo). OvoNinfa→Inseto adulto

  • Fêmeas põem seus ovos e morrem logo depois. Os ovos eclodem.
  • Os insetos jovens (ou "ninfas") caem no chão e entram na terra.
  • As ninfas vivem na terra por 1 a 17 anos (depende da espécie) se alimentando da seiva de raízes.
  • Depois desse período, elas cavam túneis, sobem nas árvores e sofrem uma metamorfose, a ecdise, se tornando adultas e prontas para o acasalamento.
  • O acasalamento ocorre geralmente durante os meses quentes do ano, o que varia de acordo com a região geográfica.

As cigarras macho começam a cantar com ruídos agudos e intensos, visando atrair as fêmeas. As fêmeas também fazem um pequeno som, mas de menor intensidade. As cigarras macho cantam vibrando as membranas no lado de baixo do primeiro segmento abdominal. Elas são também capazes de fazer um grito alto quando perturbadas. Acredita-se que este grito pode ser eficaz diante de determinados predadores.

No caso do Japão, normalmente as cigarras adultas aparecem no verão, mas também existem tipos de cigarra que aparecem na primavera como o Haru Zemi - Terpnosia, e os que aparecem no Outono, como a cigarra coreana Suisha. Com o aquecimento global avançando nestes anos, já está até comum encontrar cigarras cantando nos meses de Outubro. O normal é a forma adulta viver entre 1 a 2 semanas devido à dificuldade natural de maturação. Entretanto, nos campos, diz-se que as cigarras sobrevivem por quase 1 mês.[3]

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Cigarra após ecdise

Além disso, o período como ninfa vivendo dentro da terra dura entre 3 a 17 anos e, no caso do abura zemi (Graptopsaltria nigrofuscata), é de 6 anos. Ao contrário do que se pensa ser uma sobrevivência curta, é, na realidade, uma das mais longas entre os insetos.

Hábitos

O "canto" da cigarra

Entre os insetos, as cigarras são as únicas que produzem o som estridente que todos conhecem. Algumas das espécies maiores conseguem atingir os 120 decibéis com facilidade,[4] enquanto outras menores realizam a proeza de alcançar uma sonoridade tão aguda que seu canto simplesmente não é percebido pelo ouvido humano, embora cães e outros animais possam chegar a uivar de dor por causa dele.

Após o acasalamento, as fêmeas depositam os ovos em rachaduras nos caules de plantas hospedeiras. Depois que os ovos eclodem, as ninfas, fase jovem da cigarra, descem por fios de seda até o solo, onde elas ficam a maior parte da vida. No Brasil, o ciclo de vida desses insetos dura um ou dois anos, sendo apenas dois ou três meses fora do solo. Em outros países, como os Estados Unidos, o ciclo de vida das cigarras pode chegar a até 17 anos.

Até mesmo as cigarras se protegem contra o volume intenso de seu próprio canto. Tanto o macho como a fêmea dessa espécie de insetos possuem um par de grandes membranas que funcionam como orelhas. Elas são os tímpanos, conectados ao órgão auditivo por um pequeno tendão que reage quando o macho canta, dobrando-os para que o som alto não lhes provoque danos.

A crença de que as cigarras "explodem" quando cantam não é verdadeira. A "casca" da cigarra que encontramos presas às árvores são o exoesqueleto do inseto que realizou a última muda ou ecdise, concluindo sua forma adulta.[5]

Alimentação

As cigarras não se alimentam de moscas, vermes ou grãos. Enquanto jovens, elas sugam a seiva das plantas pela raiz e injetam toxinas. Na fase adulta, elas também se alimentam da seiva, mas, desta vez, sugada pelo caule e folhas das plantas. Para algumas culturas, as cigarras são pragas de grande importância. Segundo o professor do Departamento de Entomologia Agrícola, Marcelo Picanço, em alguns casos as plantas morrem ou ficam depauperadas, podendo ser encontradas milhares de ninfas nas raízes. A ingazeira, os eucaliptos e abacateiros são exemplos de plantas hospedeiras prejudicadas pelas cigarras, mas é na cultura de café que as cigarras causam maiores danos. Em Minas Gerais, o ataque das cigarras aos cafezais é mais frequente na região sul do estado. A depauperação da planta causa descoloração e queda precoce das folhas, sendo mais preocupante nas épocas de seca. As consequências são quebra significante da produção e até mesmo perda total da lavoura se não for controlada a tempo.

Para controlar a praga, são utilizados inseticidas aplicados na fase chuvosa para melhor absorção das raízes e para que as ninfas sejam combatidas logo que furam os solos. Também é possível fazer o controle com o fungo Metarhizium. Mas o controle biológico é mais eficaz quando associado ao uso de inseticidas, porque, dessa forma, o fungo tem mais facilidade de penetrar nas ninfas debilitadas.

Também é possível o controle cultural, eliminando os pés de café infectados, plantando outros no local após três anos e evitando o plantio de outras plantas hospedeiras do inseto próximo às plantações.

As cigarras estão presentes em quase todas as regiões do mundo, tanto em climas quentes como frios, e têm poucos predadores. Na fase adulta, são alimento para pássaros e, enquanto ninfas, são atacadas por besouros, por alguns mamíferos como o tatu e por formigas predadoras que vivem nos solos.

A "urina da cigarra"

Quando falhamos ao tentar pegar uma cigarra, na hora que ela foge, ela costuma "urinar". No ditado popular, diz-se que ela "dá o troco pela tentativa"; entretanto, muitos dizem que na realidade, na hora que ela levanta voo, ela elimina o excesso de líquidos para deixar o corpo mais leve e facilitar a fuga. Outros dizem que seu ventre é fraco e o impulso do voo faz com que elimine o que está armazenado. Na realidade, ela está eliminando a seiva retirada da árvore e não necessariamente pondo em alvo quem a ataca. Isso não só acontece na hora do voo mas, mesmo durante a extração da seiva, isso vem a ocorrer.

Após análises, foi verificado que a substância excretada (a popular "urina da cigarra") praticamente só possui água, não sendo constatado praticamente quase nenhum resíduo tóxico.

Fases do ciclo de vida

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Sequência de fotos de uma cigarra realizando ecdise em Ohio, nos Estados Unidos.

Após o acasalamento, a fêmea faz cortes na casca de um galho para depositar os seus ovos. Ela pode fazer isso repetidamente, até que ela colocou várias centenas de ovos. Quando os ovos eclodem, as ninfas recém-nascidas caem no chão. A maioria das cigarras passa por um ciclo de vida que dura de dois a cinco anos. Algumas espécies têm ciclos de vida muito mais longo, como o gênero norte-americano, Magicicada, que tem um número distinto de "crias" que passam por qualquer um de 17 anos ou, no Sul dos Estados Unidos, um ciclo de vida de 13 anos. Estes ciclos de vida longos, talvez, desenvolvidos como uma resposta a predadores, como a vespa assassina de cigarras e louva-deus.

Um predador com um menor ciclo de vida de pelo menos dois anos não pode de forma confiável depredar as cigarras. As cigarras vivem no subsolo como ninfas a maior parte da sua vida, em profundidades que variam de cerca de 30 centímetros até 2,5 metros. A alimentação das ninfas é o suco da raiz e têm fortes patas dianteiras para cavar. No final ínstar ninfal, elas constroem um túnel de saída para a superfície e emergem. Elas, então, após um período de aproximadamente duas horas, ocorre o rompimento do tegumento ao longo da linha da ecdise, por onde emerge o inseto adulto mudando[6] (trocando de pele), em uma arvore por perto. Os exoesqueletos permanecem abandonadas, continuam agarradas à casca das árvores.

Classificação científica

Família Cicadidae

Subfamília Cicadinae

Família Platypleurini
Gênero Platypleura
Gênero Suisha
Família Tibicenini
Gênero Tibicen
  • Tibicen auletes
  • Tibicen aurifera
  • Tibicen bihamatus
  • Tibicen bifida
  • Tibicen canicularis
  • Tibicen chiricahua
  • Tibicen chisosensis
  • Tibicen chloromera
  • Tibicen cultriformis
  • Tibicen davisi
  • Tibicen dealbata
  • Tibicen dorsata
  • Tibicen duryi
  • Tibicen figurata
  • Tibicen inauditus
  • Tibicen linnei
  • Tibicen longiopercula
  • Tibicen lyricen
  • Tibicen montezuma
  • Tibicen ochreoptera
  • Tibicen parallela
  • Tibicen pruinosa
  • Tibicen resh
  • Tibicen resonans
  • Tibicen robinsoniana
  • Tibicen similaris
  • Tibicen superba
  • Tibicen texanus
  • Tibicen townsendii
  • Tibicen variegata
  • Tibicen walkeri
Gênero Cryptotympana
Gênero Chremistica
  • Chremistica biloba
  • Chremistica bimaculata
  • Chremistica borneensis
  • Chremistica brooksi
  • Chremistica echinaria
  • Chremistica guamusangensis
  • Chremistica hollowayi
  • Chremistica kecil
  • Chremistica malayensis
  • Chremistica minor
  • Chremistica nesiotes
  • Chremistica niasica
  • Chremistica pontianaka
  • Chremistica sumatrana
  • Chremistica tagalica
  • Chremistica tridentigera
  • Chremistica umbrosa
Família Polyneurini
Gênero Graptopsaltria
Gênero Formotosena
Família Cicadini
Gênero Leptosemia
Gênero Terpnosia
Gênero Euterpnosia
Gênero Tanna
Gênero Pomponia
    • Semia
    • Purana
    • Taiwanosemia
    • Formocicada
Família Oncotympanini
Gênero Oncotympana
Gênero Dundubiini
Gênero Meimuna
Platylomia
  • Platylomia constanti
  • Platylomia maxima
Macrosemia
Família Moganniini
Gênero Nipponosemia
Gênero Mogannia

Tibicininae

Família Cicadettini
Gênero Cicadetta
Família Mudini
Gênero Muda
Huechysini
Scieroptera
Huechys

Tettigarctidae

Gênero Tettigarcta

Gêneros - lista geral

Principais tipos

Japão

No total, existem aproximadamente 30 tipos conhecidos. Entretanto, os 3 tipos Cicadetta radiator, Cicadetta yezoensis, Baeturia kuroiwae são Tibicininae e todos os demais estão classificados como Cicadoidae.

Quanto ao canto da cigarra, mesmo sendo da mesma espécie, pode ter formas diferentes de expressão.

Terpnosia vacua
Euterpnosia chibensis
Mogannia minuta
Platypleura kaempferi
Tanna japonensis
Meimuna opalifera
Oncotympana maculaticollis
Tibicen japonicus
Graptopsaltria nigrofuscata
Cryptotympana fucialis

Outros locais

Brasil

Carineta fasciculata Cigarra-do-cafeeiro

Cigarinha-do-milho (Dalbulus maidis) Cigarra-carineta (Carineta fasciculata) Cigarra-do-cafeeiro (Fidicina spp) Cigarra-do-cafeeiro (Quesada gigas) Cigarra-fidicina (Ficidina pullata, F. drewseni e F. mannifera) Cigarra-quesada (Quesada gigas e Quesada sodalis) Cigarrinha (Oncometopia facialis) Cigarrinha (Mahanarva fimbriolata) Cigarrinha (Agallia albidula) Cigarrinha (Deois flavopicta) Cigarrinha (Deois incompleta) Cigarrinha (Zulia entreriana) Cigarrinha (Acrogonia terminalis) Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri) Cigarrinha-da-folha (M. rubicunda identata) Cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) Cigarrinha-das-crucíferas (Aethalion reticulatum) Cigarrinha-das-folhas (Mahanarva posticata) Cigarrinha-do-CVC (Dilobopterus costalimai) Cigarrinhas-das-pastagens (Decis flavopicta) Cigarrinhas-das-pastagens (Deois schach) Cigarrinhas-das-pastagens (Tomaspia sp.)

Sudeste Asiático

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Pomponia imperatoria
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Pomponia imperatoria
Comprimento de 80 milímetros, com as asas de 130 milímetros e abertura de 200 milímetros, é considerada a maior cigarra do mundo. A cor do corpo é avermelhada e as asas transparentes.
Comumente encontrada no Sudeste Asiático. À noite, canta com um som parecido com o do sapo-boi. É uma espécie próxima da Tanna japonensis.
Voam para dentro do fogo.

América do Norte

Magicicada sp.
Não é uma espécie em específico, M. decim, M. cassini, M. decula mas o resumo de 3 espécies. Mede de 30 a 40 milímetros e é considerada pequena. Comum na região central e Leste da América do Norte, e na região norte aparece uma vez a cada 17 anos: na região Sul, em 13 anos.
Existem pessoas que comem esta cigarra quando adulta e quando dão como praga, são fáceis de apanhar, tanto que os seus predadores naturais ficam empanturrados de tanto comer. Conhecida como Periodical cicada.

Benefícios e perdas

Benefícios

Perdas

As cigarras normalmente botam seus ovos nos vãos das árvores, mas já foram detectados casos no Japão em que elas ovularam por engano em fios eléctricos e em cabos de fibra óptica, causando interferências nas telecomunicações. Em específico na região oeste do Japão, uma fêmea do Cryptotympana facialis ovulou numa fibra óptica e o cabo acabou sendo danificado.

No Norte dos Estados Unidos, houve uma grande infestação de cigarras e elas sugaram toda a seiva da árvore, acabando com a vida do vegetal.

Cultura

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"O caderno dos insetos", de Masuyama Sessai (1754–1819)

Com um canto especial, a cigarra que sai para o mundo morre bem rapidamente, sendo motivo de emoção e símbolo do belo desde os remotos tempos no Japão e representando a sensibilidade pelas coisas óbvias da natureza.

Uso culinário

As cigarras têm sido comidas por humanos na China, Malásia, Birmânia, América Latina, no Congo e nos Estados Unidos. No Norte da China, as cigarras são assadas ou fritas como guloseima.

Cigarras como alimento dos nativos das Américas

As cigarras, bem como outros invertebrados serviam de alimento para os ameríndios.[7]

Os Cahuilla do sul da Califórnia, grelhavam as cigarras para comê-las. O que sobrava era seco e guardado para ser depois consumido puro ou acompanhando papas. Os Shoshoni de Idaho, Nevada, Califórnia e Utah coletavam os insetos pela manhã, quando estava frio, grelhavam-nos para queimar as pernas e asas e depois os trituravam. Os Paiute de Nevada, Califórnia, Oregon e Idaho coletavam os insetos pela manhã e pelo fim da tarde e os assavam em um pequeno buraco no solo. No processo, as pernas e asas eram queimadas e, depois, os insetos eram armazenados para consumo nos meses de inverno.[8]

Obras de arte

Literatura

Música

  • A canção "Malvadeza" de Lenine presente no álbum Chão é toda construída em cima do som da cigarra que toca ao fundo da faixa.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 404.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 404
  3. Yomiuri TV Scramble 「Este ano deu a louca nas cigarras!? Descobrindo os mistérios das cigarras」 (2007/8/3) http://www.ytv.co.jp/ns/special/bn/2007/08/asx/sp070803.asx Arquivado em 30 de setembro de 2007, no Wayback Machine.
  4. «How Stuff Works – Cigarra». Consultado em 21 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 9 de outubro de 2014
  5. É verdade que a cigarra canta até explodir?
  6. SOUZA, J. C.; REIS, P. R.; MELLES, C. C. A. Cigarras-do-cafeeiro: histórico, reconhecimento, biologia, prejuízos, e controle. Belo Horizonte: EPAMIG, 1983. 27 p. (Boletim técnico, 5).
  7. CAVALCANTE, Messias S. Comidas dos Nativos do Novo Mundo. Barueri, SP. Sá Editora. 2014, 403p. ISBN 9788582020364
  8. CAMPBELL, Paul D. Survival skills of native California. Layton, Utah, Gibbs Smith Publisher. 1999, 448 p.
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Cigarra: Brief Summary ( Portuguese )

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Cicadidae é uma família da ordem Hemiptera, subordem Homoptera, que agrupa os insetos conhecidos pelos nomes comuns de cigarra e cega-rega. Existem mais de 1 500 espécies conhecidas deste insetos (sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira). São notáveis devido à cantoria entoada pelos machos, diferente em cada espécie e que é ouvida no período quente do ano. Os machos destes insetos possuem aparelho estridulatório, situado nos lados do primeiro segmento abdominal, emitindo, cada espécie, um som característico.

As cigarras também são reconhecidas pela forma característica e pelo tamanho grande, que varia cerca de 15 milímetros até pouco mais de 65 milímetros de comprimento e atingindo até 10 cm de envergadura. Possuem um "bico" comprido para se alimentar da seiva de árvores e plantas onde normalmente vivem.

A importância da cigarra no ecossistema é positiva, por um lado, por servir de alimento para os predadores e, negativa, por outro, porque constitui-se em pragas de algumas culturas. As suas ninfas vivem alimentando-se da seiva das raízes das plantas, causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias.

Muitas espécies de cigarra têm períodos diferentes de amadurecimento, com ciclos vitais de duração variada, enquanto as larvas ficam sob a terra. Mas sete espécies do gênero Magicicada têm uma característica adicional: elas são sincronizadas, ou seja, saem do chão todas ao mesmo tempo, para cerca de duas semanas de canto ensurdecedor, acasalamento e postura de ovos.

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