O joão-bobo (nome científico: Nystalus chacuru) é uma ave piciforme da família Bucconidae. É encontrada na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru, onde habita florestas tropicais e subtropicais secas, florestas tropicais e subtropicais úmidas, matas de galeria e cerrados.
O joão-bobo é uma ave arredondada e rechonchuda, com uma cabeça relativamente grande, uma coroa marrom-escura barrada e um bico alaranjado com ponta preta.[1] A ave tem plumagem dorsal marrom, com pintas e barras castanhas-escuras, e o peito é salpicado de preto e branco. A parte superior do peito é branca, estendendo-se até um colarinho branco estreito a médio em volta do pescoço. Há uma mancha branca na orelha de tamanho médio, e que é circundada em preto. As partes inferiores são de cor creme, canela, esbranquiçado a acinzentado com listras pretas. Possui uma cauda de tamanho médio em marrom escuro e levemente graduada, com barras estreitas e bem espaçadas, e ponta pálida. Mede cerca de 21–22 cm de comprimento e pesa entre 48–64 g.[2][3]
A espécie ocorre do alto rio Madeira (Amazonas, Maranhão, Nordeste do Brasil e leste do Peru), ao Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina.[4] Também é comum em partes do Sudeste e Centro-oeste do Brasil,[2] onde concentra-se na região do Cerrado e no litoral sudeste do Atlântico do norte do estado da Bahia, cobrindo grande parte do Pantanal oriental e norte, e áreas do sul da Caatinga. A espécie é bastante comum na Bolívia, mas é incomum na Argentina.[2] No Peru, a espécie é rara, mas local, onde é encontrada em várias localidades amplamente dispersas: o Vale de Mayo (talvez nenhum registro recente), os Vales do Mantaro, Apurímac e Urubamba em altitudes entre 1000 e 2200 m.[5][6]
Habita principalmente áreas abertas, o estrato médio e borda de floresta tropical seca, borda de cerradão, vegetação secundária, floresta de galeria, floresta aberta, pastagem arborizada, campos, cerrado, savana tropical, matagal, e campos abertos com vegetação dispersa; também pode ser encontrada em cafezais, ao lado de ferrovias e em ruas arborizadas em subúrbios rurais.[2]
Sua dieta aparenta ser oportunista e consiste primariamente em artrópodes e pequenos vertebrados, como lagartos,[7] anfíbios (incluindo rãs venenosas) e até pequenos marsupiais.[8] Alimenta-se de invertebrados como vespas sociais,[9] besouros, lepidópteros, homópteros e outros insetos, e também larvas de insetos, milípedes, centopeias, escorpiões, e até onicóforos e caranguejos.[2]
A origem do nome popular "joão-bobo" vem do fato de que, quando se sente ameaçada, a ave permanece imóvel, mas quando é apanhada pelo predador, finge-se de morto para escapar.[4] Também é conhecida pelos nomes de capitão-de-bigode, chacuru, chicolerê, colhereiro, dormião, dorminhoco, fevereiro, jacuru, joão-tolo, jucuru, macuru, paulo-pires, pedreiro, rapazinho-dos-velhos, sucuru e tamatiá.[4]
Duas subespécies são reconhecidas:[2]
O joão-bobo (nome científico: Nystalus chacuru) é uma ave piciforme da família Bucconidae. É encontrada na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru, onde habita florestas tropicais e subtropicais secas, florestas tropicais e subtropicais úmidas, matas de galeria e cerrados.