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Phyllostominae ( Portuguese )

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Phyllostominae é uma subfamília de morcegos da família Phyllostomidae. Possui 10 gêneros e 23 espécies[2][3]. Os membros dessa subfamília ocorrem desde o México até o norte da Argentina[3]. Estão ausentes da maioria das ilhas do Caribe, exceto Trinidad, apesar de Tonatia saurophila ter sido descrita com base em um fóssil da Jamaica. As espécies de Phyllostominae contém as espécies de filostomídeos mais adaptadas à carnivoria, mas muitas espécies também consomem néctar, pólen e frutos. Um dos membros da subfamília, Vampyrum spectrum, é o maior morcego das Américas e também o maior morcego não-Pteropodidae do mundo, podendo atingir 1 metro de envergadura[4].

Taxonomia e Evolução

Filogenias moleculares evidenciaram que a subfamília Phyllostominae, como tradicionalmente concebida, era um táxon polifilético.[2] Os gêneros Macrotus, Micronycteris, Lampronycteris, Lonchorhina, Trinycteris, Glyphonycteris e Neonycteris, tradicionalmente classificados em Phyllostominae hoje são classificados em outras subfamílias, deixando Phyllostominae stricto senso com apenas 10 gêneros: Macrophyllum, Trachops, Gardnerycteris, Lophostoma, Tonatia, Phylloderma, Phyllostomus, Chrotopterus, Mimon e Vampyrum. Phyllostominae é subdividida em três tribos: Macrophyllini, Phyllostomini e Vampyrini.

Os fósseis mais antigos da subfamília são do Mioceno médio (entre 16-12 milhões de anos) de La Venta, Colômbia. São representados na localidade os gêneros Notonycteris † e Tonatia (ou Lophostoma).

Classificação

Características morfológicas

As espécies de Phyllostominae possuem desde um tamanho pequeno (6–9 gramas, em Macrophyllum[5]) a grande em Vampyrum spectrum (126–190 gramas), a maior espécie de Phyllostomidae. Muitas espécies possuem molares dilambdodontes, ou seja, mantém a configuração em "W" primitiva em morcegos. A fórmula dentária das espécies dessa subfamília é:

2.1.2.3 1 − 2.1.2 − 3.3 {displaystyle { frac {2.1.2.3}{1-2.1.2-3.3}}} {displaystyle {	frac {2.1.2.3}{1-2.1.2-3.3}}}

A cauda geralmente é presente e atinge entre 1/3 à metade do uropatágio, que na maioria das espécies é bem desenvolvido. Em Vampyrum spectrum, a cauda é ausente, e Macrophyllum macrophyllum possui a cauda atingindo a extremidade posterior do uropatágio. A maioria das espécies possui orelhas relativamente grandes.

Ecologia

Estudos sugerem que os dois maiores morcegos da subfamília, Chrotopterus auritus e Vampyrum spectrum, sejam espécies monogâmicas.[6] A terceira maior espécie, Phyllostomus hastatus, forma haréns (várias fêmeas e um único macho) e grupos de "solteiros", contendo uma proporção maior de machos em relação a fêmeas.[7] Algumas espécies, como as do gênero Phyllostomus, possuem um dieta onívora, alimentando-se desde frutas até outros morcegos. Phyllostomus discolor é uma espécie altamente nectarívora e importante polinizador de algumas plantas[8]. Vertebrados são itens frequentes na dieta das espécies maiores, como Vampyrum spectrum, Chrotopterus auritus e Trachops cirrhosus, este último conhecido por predar sapos. Já foram registradas 25 espécies de aves na dieta de Tonatia bidens na Ilha do Cardoso, São Paulo e 18 espécies de aves na dieta de Vampyrum spectrum na Costa Rica.[4][9]

Os morcegos filostomíneos geralmente utilizam ocos de árvore, cavernas e paredões rochosos como abrigos naturais, mas algumas espécies, como Lophostoma silvicolum, podem se abrigar em cupinzeiros ativos[10], e Macrophyllum macrophyllum é frequentemente encontrado em construções humanas e canos de concreto próximos ou sobre cursos d'agua.[11]

Referências

  1. Simmons, N.B. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), eds. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 312–529. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
  2. a b Baker, Robert J.; Solari, Sergio; Cirranello, Andrea; Simmons, Nancy B. (1 de junho de 2016). «Higher Level Classification of Phyllostomid Bats with a Summary of DNA Synapomorphies». Acta Chiropterologica. 18 (1): 1–38. ISSN 1508-1109. doi:10.3161/15081109ACC2016.18.1.001
  3. a b Gardner, Alfred L. Mammals of South America, Volume 1 (em inglês). [S.l.: s.n.] doi:10.7208/chicago/9780226282428.001.0001
  4. a b «No. 184, Nov. 23, 1982 of Mammalian Species on JSTOR». www.jstor.org (em inglês). Consultado em 8 de maio de 2017
  5. Harrison, David L. (1 de janeiro de 1975). «Macrophyllum macrophyllum». Mammalian Species (62): 1–3. doi:10.2307/3503986
  6. Greenhall, Arthur M. (20 de maio de 1968). «Notes on the Behavior of the False Vampire Bat». Journal of Mammalogy. 49 (2): 337–340. ISSN 0022-2372. doi:10.2307/1378008
  7. McCracken, Gary F.; Bradbury, Jack W. (1 de fevereiro de 1981). «Social organization and kinship in the polygynous bat Phyllostomus hastatus». Behavioral Ecology and Sociobiology (em inglês). 8 (1): 11–34. ISSN 0340-5443. doi:10.1007/BF00302840
  8. Kwiecinski, Gary G. (1 de dezembro de 2006). «Phyllostomus discolor». Mammalian Species: 1–11. ISSN 0076-3519. doi:10.1644/801.1
  9. Martuscelli, Paulo (1 de agosto de 1995). «Avian predation by the Round-eared Bat (Tonatia bidens, Phyllostomidae) in the Brazilian Atlantic forest». Journal of Tropical Ecology. 11 (3): 461–464. ISSN 1469-7831. doi:10.1017/S0266467400008944
  10. Dechmann, Dina K. N.; Kerth, G. (1 de dezembro de 2008). «My home is your castle: roost making is sexually selected in the bat Lophostoma silvicolum». Journal of Mammalogy. 89 (6): 1379–1390. ISSN 0022-2372. doi:10.1644/08-MAMM-S-061.1
  11. Garbino, Guilherme Siniciato Terra (2 de dezembro de 2016). «Research on bats (Chiroptera) from the state of São Paulo, southeastern Brazil: annotated species list and bibliographic review». Arquivos de Zoologia (São Paulo) (em inglês). 47 (3): 43–128. ISSN 2176-7793. doi:10.11606/issn.2176-7793.v47i3p43-128
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Phyllostominae: Brief Summary ( Portuguese )

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Phyllostominae é uma subfamília de morcegos da família Phyllostomidae. Possui 10 gêneros e 23 espécies. Os membros dessa subfamília ocorrem desde o México até o norte da Argentina. Estão ausentes da maioria das ilhas do Caribe, exceto Trinidad, apesar de Tonatia saurophila ter sido descrita com base em um fóssil da Jamaica. As espécies de Phyllostominae contém as espécies de filostomídeos mais adaptadas à carnivoria, mas muitas espécies também consomem néctar, pólen e frutos. Um dos membros da subfamília, Vampyrum spectrum, é o maior morcego das Américas e também o maior morcego não-Pteropodidae do mundo, podendo atingir 1 metro de envergadura.

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