A águia-solitária (Urubitinga solitaria) é uma espécie de águia neotropical de grande porte.
Taxonomia
A águia-solitária pode ser classificada nos gêneros Urubitinga,[2][3] Buteogallus[4] e Harpyhaliaetus.[5]
Subespécies
São reconhecidas duas subespécies:[4]
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Urubitinga solitaria solitaria (Tschudi, 1844) - localmente em florestas montanas da Venezuela até o noroeste da Argentina.
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Urubitinga solitaria sheffleri (van Rossem, 1948) - localmente em florestas montanas do sul do México ao Panamá.
Descrição
O adulto da águia-solitária apresenta uma coloração cinza-escura uniforme, com marcas brancas na cauda. Mede entre 63 e 79 cm e tem uma envergadura de asas entre 152 e 188 cm.[6] Com uma massa corporal de aproximadamente 3 kg, parece rivalizar com a sua espécie-irmã, a águia-cinzenta, como o maior membro vivo da subfamília Buteoninae, apesar de a águia-serrana ser similar e de peso ligeiramente menor.[7] É muito similar em aparência ao gavião-caranguejeiro-negro e o gavião-preto, mas é muito maior e tem asas significativamente mais largas, que se estendem até a ponta da cauda. As asas excepcionalmente largas são uma das principais características desta espécie. Seu corpo também tem uma aparência bastante atarracada.
O jovem é manchado de marrom, com marcas ao redor dos olhos. Tirando isso, assemelha-se ao adulto.
Distribuição e habitat
A águia-solitária é nativa do México e das Américas Central e do Sul. É encontrada em florestas montanhosas, em altitudes entre 600 e 2 200 m. Nenhum registro da espécie em áreas de baixa altitude foi confirmado, sendo estes geralmente identificações errôneas de outras espécies, na maioria das vezes o gavião-caranguejeiro-negro ou o gavião-preto. É rara em toda a sua distribuição e muito pouco conhecida. Muito pouco se sabe sobre a sua alimentação, apenas que parece predar grandes cobras com alguma frequência e um casal de adultos já foi registrado caçando cervos. Os restos de um aracuã já foram observados em um ninho.
A espécie é considerada quase ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), devido à sua população relativamente pequena e provavelmente declinante, devido à perda de habitat e caça.[8]
Em dezembro de 2018 foi realizado o primeiro registro da águia-solitária no Brasil, na Serra do Apiaú, em Roraima.[3]
Referências
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↑ BirdLife International (2016). «Buteogallus solitarius». The IUCN Red List of Threatened Species. 2016. IUCN. p. e.T22695849A93530532. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22695849A93530532.en. Consultado em 15 de Janeiro de 2018
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↑ Pacheco, J.F.; Silveira, L.F.; Aleixo, A.; Agne, C.E.; Bencke, G.A.; Bravo, G.A; Brito, G.R.R.; Cohn-Haft, M.; Maurício, G.N.; Naka, L.N.; Olmos, F.; Posso, S.; Lees, A.C.; Figueiredo, L.F.A.; Carrano, E.; Guedes, R.C.; Cesari, E.; Franz, I.; Schunck, F. & Piacentini, V.Q. (2021). «Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee» 2ª ed. Ornithology Reserach. doi:10.1007/s43388-021-00058-x
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(ajuda) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link) -
↑ a b Bichinski, Tony; Menq, Willian (2019). «Primeiro registro de águia-solitária, Urubitinga solitaria (Accipitriformes: Accipitridae) no Brasil» (PDF). Atualidades Ornitológicas. 209: 4-6
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↑ a b Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, S. M. Billerman, T. A. Fredericks, J. A. Gerbracht, D. Lepage, B. L. Sullivan, and C. L. Wood. «The eBird/Clements checklist of Birds of the World: v2021». Consultado em 21 de setembro de 2021 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
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↑ «ADW: Harpyhaliaetus solitarius: CLASSIFICATION». animaldiversity.org. Consultado em 22 de janeiro de 2022
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↑ Howell, S. N., & Webb, S. (1995). A Guide to the Birds of Mexico and northern Central America. Oxford University Press.
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↑ Dunning, John B. Jr., ed. (2008). CRC Handbook of Avian Body Masses 2ª ed. [S.l.]: CRC Press. ISBN 978-1-4200-6444-5
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↑ «IUCN Red List». Consultado em 22 de janeiro de 2022
- Howell, Steve N.G., and Sophie Webb. "A Guide to the Birds of Mexico and Northern Central America." Oxford University Press, New York, 1995. (ISBN 0-19-854012-4)
- Jones, H. Lee. Birds of Belize. University of Texas Press, Austin, Texas, 2003.
- "Raptors of the World" by Ferguson-Lees, Christie, Franklin, Mead & Burton. Houghton Mifflin (2001), ISBN 0-618-12762-3.
Leitura adicional
- Novy, S.A. and R.D. Van Putte. 2016. Behavioral Notes and Nesting of the Black Solitary Eagle (Buteogallus solitarius) in Belize. Transactions of the Illinois State Academy of Science, Vol. 109, pp. 29–33.