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Kyphosus sectatrix ( Portuguese )

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Kyphosus sectatrix (Linnaeus, 1758), conhecida pelos nomes comuns de patruça, preguiçosa, salema-do-brasil e pirangica, é uma espécie de peixe perciforme da família Kyphosidae,[5] comum nas águas pouco profundas do Atlântico tropical e subtropical. A espécie atinge no máximo cerca de 76 cm de comprimento,[6] sendo objeto de uma pescaria comercial de pequena escala, com a maioria das capturas feita pela pesca artesanal.

Descrição

K. sectatrix é uma espécie típica da família dos Kyphosidae,[7] apresentando corpo oval-oblongo, lateralmente comprimido, com coloração uniforme cinzento-azulada com reflexos prateados, com ténues linhas amarelas nos flancos e uma estreita linha amarelada desde a boca até ao pré-opérculo. Pode atingir 76 cm de comprimento corporal e os 6 kg de peso, mas a maioria dos espécimes não ultrapassa o 50 cm de comprimento. A face ventral é mais clara e não apresenta brilho.

A cabeça é pequena, mais escura, terminando num focinho rombo, com boca pequena, terminal e lábios grossos.

As barbatanas dorsal e anal são acinzentadas, pouco elevadas e com raios espiniformes delgados. A barbatana dorsal apresenta 11 espinhos e 11-12 lepidotríquias (raios). A barbatana anal apresenta 3 espinhos e 11 lepidotríquias.[8][9][10][11]

A espécie é herbívora, alimentam-se de principalmente de algas bentónicas, plantas marinhas[12][13] e pequenos crustáceos e moluscos.[14][15] Em Fernando de Noronha, no Atlântico equatorial, os excrementos de golfinho também formam parte da sua dieta.[8]

É um peixe marinho demersal, associado aos recifes[16] das regiões oceânicas de clima subtropical e tropical (42°N-33°S) que vive entre 1 e 30 m de profundidade, preferindo a faixa entre 1 e 10 m de profundidade.[8][17][18]

Tem uma distribuição natural alargada no Atlântico ocidental (desde o Canadá[19], Massachusetts, Bermuda e costas do Brasil,[20][21][22][23] incluindo o Golfo do México e o mar das Caraíbas)[24][25][26][27][28] e no Atlântico oriental (desde o sul de Marrocos até ao golfo da Guiné, Santa Helena e ilha de Ascensão). É rara no Mediterrâneo,[29][30][31][32] nos Açores e na Madeira.[8][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46][47][48][49][50][51][52][53][54][55][56][57][58][59][60][61][62][63][64][65][66][67][68]

A espécie é capturada pela pesca artesanal e comercializada em fresco.[69] É inofensiva para os humanos.[8]

Notas

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